terça-feira, 2 de novembro de 2010

Saída de Campo

Visita a uma exploração

agrícola e pecuária sita em S. Roque


“No passado dia 17 de Outubro de 2010, alunos das turmas B e C do 11º ano da Escola Secundária das Laranjeiras, acompanhados pelos professores Nélia Melo e Teófilo Braga, realizaram uma visita de estudo a uma exploração agrícola, propriedade do pai de um dos alunos da turma, com os seguintes objectivos:

-Conhecer para proteger.

-Respeitar as regras estabelecidas para as saídas de campo.

-Relacionar os diversos tipos de culturas com as condições ambientais e edáficas em que se desenvolvem.

-Inteirar-se dos mecanismos e técnicas de produção agrícola.

Partiu-se do “ponto de encontro”- Praia das Milícias até ao destino.

Quando lá chegámos fomos muito bem recebidos pelo nosso guia (aluno filho do proprietário). Ele mostrou-nos as diversas culturas que lá existiam e a maquinaria utilizada na exploração.

Seguimos atentamente todas as explicações dadas, podendo, assim, aprender mais sobre técnicas usadas na agricultura.

Os objectivos foram alcançados.

Há a destacar a forma cívica e ordeira como os alunos se comportaram, ao longo de toda a visita, num clima de agradável convívio entre todos.

O final da visita culminou com a degustação de um agradável lanche gentilmente oferecido pelos proprietários.

Espero que se façam mais visitas de estudo e que corram tão bem como esta correu” Andreia Barroso, 11ºC

Apresentamos a seguir informação relacionada com a problemática da agricultura ao nível global.

Existem, actualmente, no mundo, aproximadamente, seis mil milhões de pessoas, um número mais do que ameaçador para o equilíbrio da Biosfera. Nos últimos anos, a taxa de natalidade estabilizou e a taxa de mortalidade diminuiu; este decréscimo pode ser facilmente explicado pelo melhoramento das condições sanitárias, higiene e desenvolvimento das técnicas da medicina humana. A implicação é óbvia: um crescimento mundial anual de cerca de 1,4%. Ainda que este valor possa parecer pequeno, é o suficiente para que, ao fim de 39 anos, a população mundial duplique. Estima-se que, durante este século, o número de habitantes no planeta possa atingir os 20 mil milhões.

Com os factos apresentados surge o desafio: teremos capacidade para produzir alimentos para tanta gente?

Neste contexto, o desenvolvimento da agro-pecuária torna-se umas das principais preocupações para governos e cidadãos do mundo. No que diz respeito ao domínio das Ciências, pretende-se promover e incentivar a reflexão crítica e a capacidade de contribuir para a solução de problemas que afectam, actualmente, o nosso planeta. Com tais objectivos visa-se corresponder à necessidade evidenciada pelas comunidades científica e educativa de dotar os cidadãos de consciência crítica relativamente às situações que afectam e põem em risco, actualmente, o bem-estar da humanidade. Como é sabido, tal problemática relaciona-se com uma panóplia de situações como, problemas alimentares, ambientais, de saúde, éticos, demográficos, energéticos, entre outros.

Assim sendo, há que investir na sensibilização e no desenvolvimento de competências nas novas gerações. Neste contexto, decidimos proporcionar aos nossos alunos informação relacionada com a temática e a possibilidade de conhecerem uma pequena exploração agrícola tradicional.

Pode classificar-se a agricultura de acordo com a sua finalidade

  1. Agricultura de subsistência: a produção destina-se ao consumo do próprio produtor.
  2. Agricultura comercial: é destinada à venda, portanto quem define a produção é o mercado -consumidor.
  3. Agricultura especulativa: organizada para a exportação, não se relaciona com os interesses da economia e da sociedade local.
  4. Agricultura colectivista: organizada segundo as necessidades sociais do país onde é praticada.
  5. Agricultura científica: estudos que visam alterar características de espécies (para resistirem a pragas, para aumentarem a produção), entre outros.

Salientamos, aqui, os dois principais conceitos de agricultura: a convencional e a biológica.

A agricultura convencional/tradicional, altamente industrializada, tem tido várias implicações negativas ao nível do ambiente, tais como: a degradação da paisagem; o abandono gradual do campo; o desaparecimento de produtos e tecnologias tradicionais; o aumento da erosão do solo; a diminuição da biodiversidade e a poluição de águas com produtos químicos sintéticos.

A par com estes aspectos negativos, constata-se uma crescente preocupação por parte do consumidor, no que respeita à saúde, a aspectos nutricionais e à protecção do ambiente e da biodiversidade.

Por isso, surge a agricultura biológica, a qual persegue um modo de produção de alimentos vegetais e animais sem utilização de adubos e pesticidas químicos de síntese, sem utilização de organismos geneticamente modificados, nem de antibióticos e hormonas e com recurso a técnicas que procuram respeitar o equilíbrio dos ecossistemas e preservar a biodiversidade. Não obstante apresentar todas estas vantagens também se identificam algumas desvantagens.

Em geral os alimentos ecológicos/biológicos aparentam uma qualidade inferior no que diz respeito à sua aparência (brilho, calibre, etc.), o que contraria as leis do mercado. Contudo, apesar do aspecto, estes produtos contêm o valor nutritivo necessário para a nossa dieta quotidiana.

Em alguns casos a sua conservação tem uma durabilidade mais reduzida do que os produtos convencionais.

São produtos um pouco mais caros devido aos sistemas produtivos serem mais lentos.

Seria muito importante para o equilíbrio do nosso Planeta que houvesse mais preocupação de todos, com particular relevância dos governantes, de modo a darem condições aos agricultores para investirem de forma rentável numa agricultura biológica.

As explorações agro-pecuárias deverão constituir-se parte da natureza, logo é preciso investir nesta finalidade.

Depoimentos dos alunos que participaram:

“Uma manhã de Domingo diferente. Foi bom poder ver e perceber como são cuidados os alimentos, que nem sempre são da nossa preferência, mas que contribuem para uma alimentação saudável e equilibrada. Espero ter mais oportunidades similares no sentido de desenvolver mais os meus conhecimentos”. Ana Rita Pereira , 11ºB

“Gostei de visitar a exploração agrícola e achei que valeu a pena, pois fiquei a saber de forma mais pormenorizada o que acontece com os nossos alimentos antes de serem ingeridos”. Sílvia Martins, 11ºB

“Considero que a visita de estudo à exploração agrícola foi muito produtiva, tendo em conta que tivemos a possibilidade de saber mais acerca dos produtos vegetais que consumimos diariamente, tendo sido também informados acerca das vantagens de se utilizarem produtos naturais na sua produção”. Mariana Teves, 11ºC

“Foi uma visita de estudo que apreciei bastante. Os aspectos de que mais gostei foram o sistema de rega e a variedade de produtos hortícolas. O facto de utilizarem as folhas para composto é também de mencionar. Apesar de ter sido num domingo de manhã, foi uma visita de estudo bastante interessante”. Vasco Quaresma, 11ºC.

“Na exploração agrícola pudemos ver os processos que os alimentos lá produzidos sofrem antes de chegar às nossas casas. Foi uma experiência engraçada, porque aumentou a nossa cultura e por isso devia ser repetidas”. André Oliveira, 11ºC

“ Acho que a visita de estudo foi muito importante, não só para conhecermos como se produzem/desenvolvem os produtos que consumimos diariamente, mas também para a disciplina de Biologia. Gostaria de realizar mais algumas visitas deste tipo”. Miguel Cunha, 11ºC

“Foi muito importante estarmos em contacto directo com a natureza e de aprendermos como acontece o crescimento e o desenvolvimento de muitas plantas e percebermos a importância de estes produtos serem o mais ecológicos possível. Espero que se volte a repetir uma visita de estudo deste género. Joana Paquete, 11ºC

“ Gostei da visita, porque fiquei a conhecer melhor os pormenores e os cuidados que devemos ter com os produtos que plantamos. Pude verificar também os vários processos de crescimento dos produtos. Eu acho que devemos realizar mais visitas de estudo destas, porque assim ficamos com mais conhecimentos sobre a agricultura”. Rita Sousa, 11ºC

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