sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Saída de Campo: Gruta do Carvão


Hoje, dia 14 de dezembro, os alunos da turma D do 10º  ano, acompanhados das docentes Nélia Melo e Mariana Teixeira, realizaram uma saída de campo à Gruta do Carvão, com os seguintes objetivos:
- Conhecer o património natural para o proteger.
- Respeitar as regras estabelecidas para as saídas de campo.
- Observar e interpretar um geomonumento, como uma gruta de origem vulcânica.     
A visita à gruta foi orientada pela guia Vera Cabral da associação "Amigos dos Açores"
O arquipélago dos Açores, dada a sua natureza vulcânica e a presença de escoadas lávicas basálticas, apresenta um diversificado património espeleológico.

Podem considerar-se dois tipos principais de cavidades vulcânicas: as grutas ou tubos lávicos e os algares vulcânicos.

Os tubos lávicos resultam do arrefecimento das zonas da escoada lávica em contacto com o ar e as formações envolventes (laterais e em profundidade), formando-se uma crosta mais ou menos endurecida, debaixo da qual continua a escorrer lava ainda quente e fluida. Posteriormente, devido a uma diminuição nas emissões a partir da boca eruptiva, há um abaixamento do nível de lava no interior do tubo, com a formação de um vazio sob a crosta superficial já solidificada. Quando a erupção vulcânica termina, fica formada a gruta ou tubo lávico, podendo, mais tarde, ocorrer abatimentos do teto, com a formação de skylights ou clarabóias. Com o decorrer do tempo ocorre, ainda, a colonização dos campos lávicos por plantas, em especial junto às aberturas da gruta.


A Gruta do Carvão enquadra-se numa região da Ilha de S. Miguel denominada geologicamente como “Complexo Vulcânico dos Picos”, uma área de vulcanismo fissural, composta por cerca de 250 cones de escórias e por escoadas lávicas de natureza basáltica. Desenvolve-se numa extensa escoada basáltica, com orientação geral N-S, que atingiu o mar na zona poente da cidade de Ponta Delgada e cujo centro emissor estará localizado na zona axial do Complexo Vulcânico dos Picos.

A idade da gruta, conforme datação pelo método C14 e pelos depósitos de materiais piroclásticos pomíticos (cinzas e lapilli), possivelmente emitidos do Maciço das Sete Cidades e/ou do Maciço do Fogo, que recobrem esta cavidade, está determinado para um intervalo compreendido entre os 5.000 – 12.000 anos. Atribuindo uma idade Holocénica à gruta do Carvão.



 

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